Curitiba ; A empreiteira Camargo Corrêa repassou, sem explicação, R$ 3,51 milhões à empresa de um consultor ligado ao senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL), a Globalbank Assessoria. Ao todo, firmas controladas por Pedro Paulo Leoni Ramos, o ;PP;, repassaram R$ 2,9 milhões para a contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Bonfim Poza, que emitiu notas frias para justificar o fluxo do dinheiro. Dos valores recebidos por Meire, um deles chegou às mãos dela dois dias depois de a Camargo Corrêa ter pago a segunda parcela para a empresa de ;PP;.
Laudo contábil da Polícia Federal identificou R$ 154 milhões pagos pela empreiteira a mais de 40 pessoas jurídicas a título de consultoria. Entre os destinatários do dinheiro, estão a empresa de palestras e o instituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e as firmas de consultoria do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Os pagamentos à consultoria de Pedro Paulo Leoni foram feitos em duas parcelas. De acordo com a Polícia Federal, a primeira foi paga em 2009. A segunda, em 17 de dezembro de 2012, no valor de R$ 1,75 milhão. Dois dias depois, Meire emitiu uma nota fria da Arbor Contábil para a Globalbank, forjando tratar-se de ;serviços de assessoria e consultoria;. Em contrapartida, ela recebeu R$ 729 mil. A operação foi ordenada pelo doleiro Alberto Youssef. Meire sacou o dinheiro e entregou ao doleiro, de acordo com depoimento do operador da Lava-Jato que consta no inquérito contra Collor no Supremo Tribunal Federal (STF).
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