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Justiça italiana suspende extradição de Pizzolato

O ex-diretor do Banco do Brasil foi condenado no processo do mensalão, mas fugiu do Brasil

A Justiça italiana aceitou hoje (12/6) o recurso do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato e suspendeu a extradição dele para o Brasil, confirmou o Ministério da Justiça. Ao falar sobre o assunto, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o governo brasileiro respeitará a decisão italiana.

"O governo brasileiro respeita imensamente a Justiça italiana, que tem, evidentemente, soberania para apreciar o pedido de extradição. Nós temos que aguardar a solução final. É um procedimento admitido pela legislação italiana e, portanto, o Brasil respeitará a decisão italiana, seja ela qual for. Embora, estaremos sempre lutando para que a decisão do Judiciário brasileiro seja cumprida, que é o que temos feito em conjunto, como o Ministério Público Federal;.

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Ontem (11/6), Pizzolato iniciou uma greve de fome em protesto contra a extradição para o Brasil. Ele está preso na Itália e poderia voltar ao país a partir de segunda-feira (15/6). Na semana passada, o Tribunal Administrativo Regional de Lazio, na Itália, havia autorizado a extradição ao não aceitar outro recurso em que a defesa alegava que os presídios brasileiros não têm condições de garantir a integridade física dos detentos.

O ex-diretor de Marketing do BB foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Ele foi sentenciado a 12 anos e sete meses de prisão. Antes de ser condenado, Pizzolato, que tem cidadania italiana, fugiu para a Itália com identidade falsa, mas acabou sendo preso em fevereiro de 2014, em Maranello.