Um grupo de deputados do PT - 33 dos 63 parlamentares da bancada na Câmara - entrega hoje (11/6), na abertura do congresso do partido, em Salvador, um manifesto pedindo reformulação política e estrutural do PT.
Em tom de mea culpa, o documento, com medidas que devem ser adotadas, entre elas maior transparência das contas e combate ;sem trégua; à corrupção, destaca que o partido perdeu a capacidade de formular propostas de interesse social e critica a dependência crescente do financiamento empresarial.
O deputado Paulo Teixeira (SP) explicou que, apesar das contribuições históricas, o PT tem cometido erros que precisam ser revistos, como o fato de não ter priorizado uma reforma política profunda.
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;Desde 2003, temos a Presidência da República. O sistema como está organizado hoje acaba derrubando todos os partidos políticos. Evidentemente, o nosso acaba recebendo a narrativa maior, porque é o partido do governo, mas o sistema político dificulta a vida de todos.;
Teixeira afirmou que a reforma votada na Câmara é ;perfumaria;. Ele defendeu a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte ;para produzir um capítulo da reforma política;.
No manifesto, os parlamentares esclarecem que ;nem tudo saiu como queríamos; e citam as denúncias de irregularidades na Petrobras. Para os deputados que assinam o documento, o partido precisa desenvolver mecanismos de combate às práticas de corrupção e ;excluir filiados comprovadamente envolvidos em processos de corrupção;.
Paulo Teixeira adiantou que o grupo pedirá que o PT convoque outro congresso para novembro, de modo a fazer um balanço partidário, rever programas de estrutura e eleger uma nova direção.