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Comissão da Câmara adia novamente votação do relatório da reforma política

Texto só deve voltar a ser discutido na próxima segunda-feira. Presidente da Câmara quer levar projeto a Plenário na próxima semana

A Comissão Especial que analisa a PEC da reforma política na Câmara adiou novamente a votação do tema. O anúncio foi feito logo no começo da reunião, na manhã desta terça (19/5), após um acordo entre os parlamentares que integram o colegiado. A PEC só deve ser votada na próxima segunda-feira (25/5), à partir das 14h. O principal ponto de tensão entre os parlamentares é a escolha do sistema eleitoral: boa parte dos parlamentares é contra o chamado ;distritão;, que consta no relatório de Marcelo Castro (PMDB-PI) e que, na prática, estende a eleição majoritária também para deputados federais, estaduais e vereadores.

Ontem, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB_RJ), criticou o relatório apresentado por Castro, relator da PEC na Comissão Especial. ;É preferível até que a Comissão não vote, que leve direto para Plenário. Temo que o relatório dele possa engessar a votação;, disse. Hoje, Marcelo Castro voltou a criticar a fala de Cunha. ;Eu entendi (a fala de Cunha) como uma manifestação de desrespeito, à mim e à Comissão. É um momento que eu acho que foi impensado da parte dele. Ele não poderia, como presidente da Câmara, ter feito uma manifestação dessa;, disse ele.

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Segundo fontes próximas do presidente da Câmara, as principais discordâncias dele em relação ao relatório de Castro dizem respeito às mudanças no mandato dos senadores; a criação da cláusula de barreira, e a duração dos mandatos. ;Ele acha, por exemplo, que deveria ser abandonado qualquer tipo de cláusula de barreira, para obter o apoio dos deputados de pequenos partidos para o distritão;, disse o parlamentar.

Novas mudanças

Marcelo Castro voltou modificar o relatório da Reforma Política. A principal alteração diz respeito aos mandatos dos senadores, que serão de 9 anos para os eleitos em 2018 e de cinco anos daí em diante. Anteriormente, Castro havia apresentado a proposta de que os senadores tivessem dez anos de mandato. O objetivo das alterações é fazer com que as eleições gerais e muncipiais coincidam a partir de 2022.