O Ministério Público Federal (MPF) denunciou criminalmente os principais políticos envolvidos em esquemas de corrupção, investigados pela Operação Lava-Jato. Entre eles estão os ex-deputados André Vargas (PT/PR), Luiz Argôlo (SD/BA), Pedro Corrêa (PP/PE) e a filha dele, Aline Corrêa (PP/PE). A Justiça ainda precisa aceitar a denúncia do MPF para que eles sejam considerados réus pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude em licitações.
De acordo com a promotoria, novas acusações surgirão nos próximos dias - envolvendo pessoas já denunciadas e também novos acusados. A Justiça determinou também o bloqueio de R$ 241.541.922,12 da Camargo Corrêa e da Sanko Sider, além de R$ 302.560.926,48 da Galvão Engenharia.
Na terça-feira (12/5), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ouviu os três ex-deputados presos na Operação Lava-Jato. Eles evitaram responder perguntas diretamente relacionadas à investigação.
Além deles, foram acusados o doleiro Alberto Youssef, Fábio Corrêa, Carlos Alberto Costa, Leon Dênis Vargas Ilário, Milton Vargas Ilário, Ricardo Hoffmann, Ivan Vernon e Márcia Danzi.
Segundo informações divulgadas pelo MPF, as investigações revelam que André Vargas foi beneficiado por contratos entre empresas de publicidade com a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Saúde. Na CPI, Vargas recusou-se a dar detalhes sobre sua relação com o doleiro Alberto Youssef e os negócios do laboratório Labogen, investigado na Lava-Jato. Vargas admitiu que mantinha amizade com o doleiro, mas disse que relacionamento era ;à luz do dia;.