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Câmara quer catracas com biometria para controlar acesso ao plenário

Até novembro, a Casa quer instalar equipamentos para controlar o acesso ao local de votações. Dispositivos terão leitores biométricos



Na semana passada, deputados receberam e-mail assinado pelo primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), que avisava sobre uma ;mudança; nas regras para acesso ao Plenário Ulysses Guimarães, onde são realizadas as sessões da Casa. Segundo a mensagem, a Mesa se preparava para pôr em prática um projeto ;antigo e indispensável;: a instalação de catracas nas entradas do plenário. De acordo com o croqui do projeto, obtido pelo Correio, serão 15 roletas, com dispositivos para identificação biométrica, pelas digitais.

Segundo Mansur, o objetivo das catracas é evitar que pessoas como lobistas circulem no plenário nos dias de votação. ;Aqui tem muita carteirada;, disse. ;Nos plenários de outros países é diferente. Por exemplo, eu fui na Alemanha e nem entrei (no Bundestag, sede do legislativo), mesmo sendo deputado. Lá, é muito difícil fazer o que se faz no Brasil. Aqui está uma zona;, admitiu. O deputado informou que o edital do processo licitatório para a compra das catracas está em fase de elaboração. A instalação dos dispositivos deve ser concluída em seis meses. No entanto, ainda não há estimativa de preço.

A novidade foi anunciada aos parlamentares uma semana depois da edição de uma regra que diminui a quantidade de assessores aptos a permanecer no plenário durante as sessões. Publicado em 29 de abril, o Ato da Mesa n; 23 reduziu o número de credenciais de cor verde, que permitem acessar o local durante as votações. As lideranças de partido, por exemplo, passaram a ter direito a apenas três crachás, em vez de quatro. Dessa forma, haverá redução de cerca de 30 servidores no plenário. A mudança, segundo justificou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teve por objetivo ;facilitar o trânsito de pessoas naquele recinto nos horários de sessão plenária, em especial dos senhores parlamentares;.

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