O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, acredita que o governo não precisará discutir um "segundo plano" para que o ajuste fiscal seja implementado. Na opinião dele, o diálogo com o Congresso vai continuar sem que haja distorção nas medidas provisórias que aumentam o rigor para a concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários.
[SAIBAMAIS]Na noite de terça-feira (5/5), o plenário da Câmara dos Deputados adiou a votação da Medida Provisória 665, que aumenta a carência para a concessão do seguro-desemprego e abono salarial. Edinho Silva disse que a presidente Dilma Rousseff tem se posicionado cotidianamente no sentido de que as contradições criadas no Legislativo serão superadas com diálogo.
;O diálogo em relação às MPs existe, tem que ter processos de negociação, e de forma alguma vão distorcer ou enfraquecer objetivos do ajuste;, afirmou Edinho. Para o ministro, o Congresso vai superar as tensões, disputas naturais e os interesses do país serão colocados em primeiro lugar.
Em café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto, o ministro reconheceu o teor ;polêmico; das medidas. ;Pela origem sindical e ligação com movimentos sociais do PT, claro que não são questões simples. A construção de uma posição majoritária tem que se dar com diálogo, não tem outra forma. É isso que o governo tem feito, para que o processo de negociação seja construído. Se essas questões são contraditórias para o PT, são também para os demais partidos;, disse.
O ministro observou que os trabalhadores não estão perdendo com as mudanças, por exemplo, no seguro-desemprego. As alterações visam a corrigir distorções e evitar fraudes para que os recursos possam atender de forma eficaz os que mais precisam. As metas do ajuste serão cumpridas. A visão da presidente Dilma é que as medidas são importantes para que a economia brasileira possa crescer de forma sustentável.