Num jogo de cena típico de Brasília, para exibir poder, os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal assumiram posturas divergentes em relação ao Projeto de Lei n; 4.330, que regulamenta a terceirização. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou que não terá pressa para discutir a matéria e alertou que autorizar a prestação de serviço para a atividade-fim de uma empresa ;é uma pedalada no direito do trabalhador;. Em resposta às declarações do correligionário, que indicam que o projeto de lei pode ser engavetado, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse que tratará as matérias oriundas do Senado da mesma maneira.
Este ponto é visto pelo governo como questão crucial para evitar a precarização nas relações de trabalho. ;O PL 4.330 não trata da regularização da terceirização. Ele extingue direitos trabalhistas;, declarou um ministro com assento no Conselho Político. Para ele, o governo não pode se omitir, sobretudo levando-se em conta a origem do PT, o partido de Dilma, nas bases trabalhistas. ;Vamos ver até onde é possível reverter a terceirização na atividade-fim;, acrescentou.
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