;Recebemos o governo com R$ 24 milhões em caixa para dar conta de R$ 1,3 bilhão. Tivemos de pagar o que é mais urgente. Já quitamos R$ 160 milhões. O problema, agora, são os precatórios. São R$ 700 milhões a pagar;, resume Dino. Segundo o governador, nos primeiros três meses de governo, o estado investiu no aumento de 13% do piso salarial dos professores e criou um programa destinado aos municípios com os piores índices de desenvolvimento humano. Quanto ao sistema penitenciário, após o complexo de Pedrinhas ter ganhado manchetes internacionais devido a decapitações no ano passado, o governo abriu concurso para substituir todos os terceirizados e reduziu o índice de fugas em 44% e o de mortes em 30%.
Para tentar melhorar a receita em curto prazo, as apostas são os royalties da exploração do petróleo e a renegociação das dívidas de estados e municípios com a União ; prevista para ser efetivada a partir de 2016. Os governadores do Nordeste vieram a Brasília durante a semana pedir celeridade nas duas matérias.
Outros pleitos foram a criação de um imposto sobre grandes fortunas para custear a saúde ; em substituição à extinta Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) ; e a aprovação da divisão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no comércio digital. Somente no caso das grandes fortunas, os chefes dos Executivos nordestinos planejam arrecadar entre R$ 15 bilhões e R$ 16 bilhões. A previsão é de que o recurso extra seja suficiente apenas para cobrir o custeio da saúde na região.
Entidade polêmica
Entre as medidas polêmicas adotadas pelo governador nos primeiros 100 dias de gestão, duas dividiram os políticos maranhenses. A primeira delas foi o fechamento da antiga Fundação José Sarney, com a demissão de boa parte do corpo técnico. Aliados do ex-presidente reclamaram de revanchismo do governador comunista. Em contrapartida, Dino criticou a antiga direção da entidade por promover a memória de apenas uma pessoa, no caso, José Sarney, às custas do erário.
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