A oposição quer convocar o ex-ministro Antonio Palocci para explicar eventual conexão de consultorias com a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010. A revista Época desta semana traz denúncias contra Palocci, que já foi afastado de governos petistas em duas oportunidades, em função de denúncias. De acordo com reportagem publicada na edição deste fim de semana, documentos em poder do Ministério Público Federal (MPF) revelam que o ex-ministro recebeu R$ 12 milhões de empresas em 2010. Nesse mesmo ano, Palocci coordenou a campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff. O PPS deve entrar amanhã com pedido de quebra dos sigilos fiscal e bancário do ex-ministro e de sua empresa, para que os dados possam ser acessados pela CPI da Petrobras.
A comissão já tem requerimentos pedindo a convocação de Palocci para depoimento, mas nenhum deles foi votado ainda. O ex-ministro foi citado na Operação Lava-Jato, mas, por não ter foro privilegiado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavaski decidiu remeter o caso para a primeira instância da Justiça Federal no Paraná, conforme o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Palocci é investigado porque teria pedido ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa repasse de R$ 2 milhões para a campanha eleitoral de Dilma em 2010.No ano passado, a CPI mista da Petrobras tentou convocá-lo porque já se sabia das denúncias sobre o repasse dos R$ 2 milhões. No entanto, acordo livrou o ex-ministro de depor.