Curitiba - O vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite, disse que a empresa pagou R$ 110 milhões em propinas para obter contratos na Petrobras entre 2007 e 2012. Desse valor, R$ 63 milhões foram pagos à Diretoria de Engenharia, dirigida por Renato Duque. Outros R$ 47 milhões foram para a Diretoria de Abastecimento, dirigida por Paulo Roberto Costa. Ele entregou uma planilha com os pagamentos da corrupção.
[SAIBAMAIS]
O valor dos subornos pode ser maior. Funcionário da Camargo Corrêa desde 1994, Leite disse que não sabe informar se houve algum tipo de fraude até 2006. Ele se tornou um dos diretores da empreiteira em 2005. Nos anos 1990, era assistente comercial.
Leite disse que obras tocadas pela Camargo em 2002 e 2003 causaram prejuízos à empresa. Ele disse que, da diretoria Executiva até a Presidência da empreiteira, todos tinham conhecimento dos pagamentos de propina.
De acordo com o delator os contratos a Petrobras não eram superfaturados e que as propinas eram inseridas depois por meio de aditivos em contratos de obras da Refinaria de Araucária (Repar), no Paraná, na Refinaria de Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, e na Refinaria Henrique Lage (Revap), um São Paulo.