A executiva nacional da Rede Sustentabilidade, grupamento criado em torno da ex-ministra Marina Silva, disse ontem em Brasília que já possui cerca de 450 das 485 mil assinaturas necessárias para a formalização do partido. Outras 80 mil assinaturas já teriam sido entregues aos cartórios, e a expectativa do grupo é de que o registro seja solicitado junto ao TSE até o fim de abril. Ainda segundo a executiva, Marina Silva e os demais integrantes do grupo que estão hoje filiados ao PSB devem deixar o partido logo após a formalização da Rede. A Executiva esteve reunida em Brasília ao longo do fim de semana, discutindo os próximos passos da futura legenda e debatendo a conjuntura política do país.
;Cerca de 450 mil assinaturas já foram reconhecidas pelo TSE. Julgadas e reconhecidas. E nós temos cerca de 80 mil assinaturas que foram apresentadas ao cartório, que já estão protocoladas. Então, acreditamos que seja apenas o prazo para que os cartórios possam verificar a validade dessas assinaturas e emitir as certidões;, disse o coordenador-executivo da Rede Sustentabilidade, Bazileu Margarido. Segundo ele, o processo deve ser concluído até o fim de abril. A partir daí, o TSE tem mais trinta dias de prazo antes de conceder o registro à nova legenda.
[SAIBAMAIS]O comando da Rede também disse que a lei sancionada na última quarta feira pela presidente Dilma, que dificulta a fusão e a formalização de novas legendas, não afeta o trabalho já realizado de coleta de assinaturas. ;Ao nosso ver (o reconhecimento das assinaturas), constitui um ato jurídico perfeito. Não há, no nosso entendimento, a possibilidade dessas assinaturas serem revistas;, disse Bazileu. A nova lei poderia prejudicar a criação da Rede, ao determinar que as assinaturas de pessoas já filiadas a partidos políticos não seriam aceitas para a criação de uma nova legenda.
Eleições de 2016
Bazileu disse ainda que o partido trabalha com o objetivo de se viabilizar para as eleições de 2016. No momento, o partido participa de uma série de debates organizados país afora com as fundações ligadas ao PPS, o PSB, o PV e o Solidariedade, mas Bazileu garante que a proximidade não se repetirá, necessariamente, nas eleições de 2016. A orientação da legenda, segundo ele, é lançar candidaturas próprias em todas as maiores cidades brasileiras.
;Nós temos uma série de ações que terão de ser adotadas para transformar essas filiações políticas em filiações partidárias, de acordo com a legislação eleitoral. Então há essas providências todas, que nós temos até o final de maio para adotar. Inclusive para preparar o partido para aprofundar a sua organização, já considerando as eleições;, disse Bazileu.