Partidos de oposição vão concentrar esforços para pedir uma investigação contra a presidente Dilma Rousseff no Supremo Tribunal Federal (STF). Eles pretendem se reunir nesta quarta-feira (18/3) com o ministro relator da Operação Lava-Jato na corte, Teori Zavascki. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado à Presidência, vai liderar o grupo. "Não há ninguém imune a qualquer tipo de investigação;, disse o tucano nesta terça-feira (17/3). ;Lamentavelmente, nem a presidente da República e nem o seu governo compreenderam a dimensão do que está acontecendo no Brasil", atacou.
O procurador geral da República, Rodrigo Janot, solicitou que Dilma não fosse investigada porque a Constituição impede a chefe de Estado de ser processada por fatos sem relação ao seu mandato. Em depoimento de delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que recebeu pedido para o repasse de R$ 2 milhões do caixa do PP para financiar a campanha de Dilma à Presidência da República, em 2010. O pedido, segundo Costa, foi feito pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, coordenador da campanha presidencial de Dilma à época. Com base nos depoimentos, Palocci será investigado pela Justiça Federal em Curitiba.
Petição arquivada
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou nesta terça petição do PPS para que a presidenta Dilma Rousseff fosse investigada na Operação Lava Jato. Zavascki entendeu que a petição do partido não indica um representante legal para que o documento tenha validade. "A petição de agravo regimental é apócrifa e sequer indica quem seria o possível subscritor, se advogado ou não", disse o ministro.
A deputada Eliziane Gama (PPS-MA), da CPI da Petrobras, faz, também nesta quarta-feira, representação ao Ministério Público Federal no Paraná para que a força-tarefa requeira o bloqueio de bens e a apreensão do passaporte do tesoureiro do PT, João Vaccari. Ele foi denunciado anteontem à Justiça por lavagem de dinheiro e corrupção. ;Existem indícios veementes para a decretação de seqüestro de bens adquiridos pelos denunciados com os proventos da infração penal;, diz a deputada no documento a ser enviado à Procuradoria.