O ministro de Relações Institucionais Pepe Vargas afirmou, nesta quinta-feira (12/03), que os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff "cheiram a golpe". Para o ministro, protestos pacíficos são legítimos, mas o questionamento sobre o mandato da petista é "inadmissível".
"Teve uma eleição legítima. As tentativas de questionar a legitimidade das eleições todas foram negadas pela justiça eleitoral. A tentativa de questionar é golpe à democracia. Não podemos aceitar isso. Há uma presidente no exercício do seu cargo ungida pelas urnas. E falar em impeachment é desrespeitar a vontade majoritária da população brasileira que foi às urnas. É algo que cheira a golpe e isso é inadmissível", afirmou.
Integrante da coordenação política do governo, Vargas disse que na democracia é válido as pessoas pedirem mudanças. "Nós vivemos em uma democracia. É legítimo que as pessoas se manifestem, cobrem do governo soluções. Se o protesto é pacífico, ordeiro, ele é um protesto que faz bem para a sociedade. Se não é pacífico, não faz bem."
Café da manhã
Pepe participou de uma reunião com líderes da base aliada na manhã desta quinta, na residência do líder do PSD, Rogério Rosso (DF), no Lago Sul. Segundo o ministro, as reuniões com a base serão intensificadas para que o governo possa continuar o processo de diálogo com o Congresso. O vice-presidente Michel Temer e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, não compareceram ao evento de articulação, como estava previsto.