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Justiça absolve delegado da PF processado por Eduardo Cunha

Para Cunha, o delegado o acusou de participar de esquemas de fraudes fiscais e adulteração de combustíveis



O parlamentar - um dos investigados no caso de corrupção da Petrobras - denunciou o policial por calúnia. Para Cunha, o delegado o acusou de participar de esquemas de fraudes fiscais e adulteração de combustíveis.

O deputado tinha recorrido contra a absolvição do policial pela 9; Vara Federal do Rio de Janeiro, em 2013. Hoje, o recurso do parlamentar foi negado pela maioria dos votos, (2 a 1).

No parecer do MPF sobre o recurso, o procurador regional da República Paulo Fernando Correa afirmou que o policial não agiu com intenção de caluniar o político e que não há provas para subsidiar a denúncia. ;Para se atribuir a alguém a prática da calúnia, teria sido indispensável a menção a um fato específico, a intenção de denegrir a imagem da vítima, ferindo sua honra, e a vontade de imputar fato criminoso que sabe ser falso".

O acórdão ainda descarta referências de que o político teria cometido delitos fiscais e de adulteração de combustíveis.

Lavagem de dinheiro
Nas petições entregues pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, Cunha é acusado de corrupção passiva (pena de até 12 anos) e lavagem de dinheiro (até 10 anos).

Em depoimento de outubro de 2014, o doleiro Alberto Youssef detalhou como parlamentares do PMDB passaram a receber parte da propina arrecadada pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que era originalmente direcionada ao PP.

O doleiro disse que, entre 2005 e 2006, o ex-dirigente da estatal ficou doente e houve um movimento político para tirá-lo do cargo na empresa. Foi então que entrou em cena a bancada do PMDB