Informações de inteligência obtidas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, dão conta da existência de "ameaças de segurança" ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O motivo é a Operação Lava-Jato, que apura corrupção na Petrobras cometida por executivos, empreiteiras, estaleiros, ex-funcionários da estatal e políticos, como deputados, senadores e ministros, de acordo com os depoimentos e documentos obtidos pelos investigadores. O alerta foi feito na reunião de quarta-feira (25) à noite, quando Cardozo foi à Procuradoria conversar com Janot.
Não se sabe a origem das ameaças. As informações vieram de setores de inteligência do Poder Executivo, a exemplo da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência. De todo modo, Cardozo recomendou que Janot reforçasse a segurança pessoal, hoje considerada "nenhuma" pelos assessores mais próximos.
[SAIBAMAIS]
A assessoria da Procuradoria-Geral da República não confirma o assunto. Cardozo também não. "A resposta do ministro é que ele não comenta questões de segurança", informou um assessor.
Hoje pela manhã, o ministro concedeu uma entrevista coletiva em que disse que o encontro, marcado às pressas, ocorreu para tratar sobre a criação de uma subprocuradoria de combate à corrupção.