Jornal Correio Braziliense

Politica

Deputado Leonardo Picciani mira a sucessão de Paes na prefeitura do Rio

Parlamentar avisa que o partido não fará oposição ao governo Dilma Rousseff

Depois de conquistar o cargo de líder do PMDB, o deputado Leonardo Picciani (RJ) avisa que o partido não fará oposição ao governo Dilma, não apostará no impeachment e tampouco deixará de ter boa vontade na hora de analisar os projetos oriundos do Executivo. E, desde já, garante que ficará apenas um ano no posto, de olho na chance de disputar a prefeitura do Rio no ano que vem. ;Eu tenho esse desejo, em tendo condições e sendo escolhido pelo partido para disputar a sucessão em 2016;.



Foi uma vitória apertada. A bancada do PMDB está dividida?
Não, de forma alguma. A bancada está unida. Nós conversamos muito, quando ainda tinha múltiplos candidatos, sobre a necessidade de conduzir esse processo e, fosse quem fosse o vencedor, a unidade ser garantida. Quando restamos apenas eu e o deputado Lúcio (Vieira Lima, da Bahia) na disputa, nós também conversamos muito e firmamos um pacto de garantir a unidade do partido. Não é inédito na bancada disputas acirradas. Quando eu cheguei para o meu primeiro mandato, em 2003, houve uma disputa entre Eunício Oliveira e Barbosa Neto, que foi resolvida por uma diferença de dois votos. E não rachou a bancada.

O senhor fez campanha para Aécio Neves (PSDB) no Rio. O PMDB é um partido da base aliada. Como vai ser sua relação com os outros líderes?
Não tenho nenhuma dificuldade. Eu fiz campanha para Aécio Neves, votei nele porque queria que ele ganhasse as eleições, mas quem ganhou foi a Dilma. Eu acredito que, na democracia, a gente deve respeitar o resultado das urnas. Até que se abram os votos, cada um defende a sua posição. Depois, é preciso respeitar a vontade majoritária da população. E eu não sou nem petista, nem peessedebista, eu sou do PMDB. E sendo do PMDB, eu já votei no Lula, já votei na Dilma; já não votei no Lula, já não votei na Dilma. Então, são circunstâncias. Nós tínhamos uma disputa com o PT local, no Rio de Janeiro, o que nos levou a uma aliança diversa da nacional, num processo que foi discutido. Nós defendemos essa tese (do apoio a Aécio) na convenção do PMDB, com o diretório da Bahia, de Lúcio. E tivemos 41% dos votos.

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