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Ministérios têm atuação restrita devido às indefinições no Orçamento

Nos primeiros 45 dias do segundo mandato de Dilma Rousseff, governo ainda se arrasta do ponto de vista administrativo


Um mês e meio após tomar posse para o segundo mandato, o governo da presidente Dilma Rousseff ainda se arrasta do ponto de vista administrativo. Não são apenas os problemas enfrentados com os escândalos de corrupção da Petrobras ou o quadro econômico desgastado que provocou a recessão em 2014 ; os dados oficiais do IBGE ainda não foram anunciados, mas o Banco Central mostrou uma retração de 0,15% no ano passado ; que paralisam o governo. A ausência de nomeações no segundo e no terceiro escalão e a não aprovação do Orçamento de 2015 amarram os ministros empossados em primeiro de janeiro.

[SAIBAMAIS]Dos 39 titulares da Esplanada, os que mais apareceram até o momento foram os integrantes da equipe econômica: Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central). ;É natural que isso aconteça. Os números da economia, não são bons e o ajuste, com a correção de rumos na economia precisa ser feito. Por isso, eles tornaram-se os protagonistas neste período inicial;, explicou um dos ministros mais próximos à presidente Dilma.

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No Congresso, a percepção não é bem essa. ;O que está faltando nesse governo é política. Sem ela, nada funciona;, vaticinou um senador petista. ;Já vi governos péssimos do ponto de vista administrativo que se sustentaram apenas politicamente. E obtiveram êxito;, lembrou o parlamentar. ;Dilma está errando tanto porque ela nunca foi congressista, nunca organizou uma campanha política, nunca precisou passar o chapéu em busca de financiamento;, resumiu. ;A conversa é a essência da política;, completou.

No encontro que teve na última quinta-feira com o ex-presidente Lula, Dilma ouviu a recomendação de que liberasse os ministros para conversar com os congressistas para ;sentir a temperatura e os ânimos da base;. Na prática, isso seria transformar em realidade os planos feitos pela própria presidente, ao compor, em dezembro, uma equipe ministerial, em tese, com mais capacidade de diálogo com os setores que representam e mais habilidade para promover a negociação política com as legendas às quais são filiados.

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