Jornal Correio Braziliense

Politica

Justiça italiana decide extraditar ex-diretor Henrique Pizzolato

Decisão, que agora é política, deve seguir para o Ministério da Justiça da Itália, que tem até três semanas para decidir o futuro do condenado

O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato deve ser extradito para o Brasil. A decisão foi tomada pela Corte de Cassação de Roma, na Itália, nesta quinta-feira (12/4). Após a notícia, ele se entregou à Justiça. O caso, considerado agora político, deve seguir para o Ministério da Justiça da Itália, que tem até três semanas para decidir o futuro de Pizzolato. Ele foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no julgamento da Ação Penal 470, o mensalão, por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. As informações são da GloboNews.

[SAIBAMAIS]Com cidadania italiana, o ex-diretor fugiu para a Itália em setembro de 2013, mas foi preso em Maranello em fevereiro de 2014, portando documento falso. Ele foi solto em 28 de outubro, depois que a Corte de Bolonha negou sua extradição e permitiu que ele respondesse em liberdade. No mês seguinte, a Advocacia-Geral da União (AGU) do Brasil apresentou o recurso contra a decisão.



A Polícia Federal indiciou Pizzolato por nove crimes referentes ao passo a passo de sua fuga para a Itália. A investigação sobre o caso foi concluída em 1; de novembro do ano passado. Entres os crimes estão falsidade ideológica por ter requerido documentos falsos em nome de seu irmão, Celso Pizzolato, falecido em 1978, e uso de documento falso para votar em nome do familiar. De acordo com a PF, a pena de cada um dos crimes apurados pode variar de um a cinco anos de reclusão. Pizzolato diz ser inocente no processo do mensalão.