Em meio às denúncias de corrupção envolvendo o Partido dos Trabalhadores, a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Pepe Mujica, presidente do Uruguai e outras autoridades do PT comemoram os 35 anos do partido. No palco, cobrindo toda a extensão da mesa principal, uma enorme faixa estampa a frase: "Estes filhos teus não fogem à luta". Cerca de 1,7 mil militantes se reúnem na festa, em Belo Horizonte (MG), nesta sexta-feira (6/2).
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Wagner Freitas, foi o primeiro a falar. Em seu discurso, ele criticou o que chama de "elite golpista" e conclamou a militância do PT a fazer movimento em defesa do Petrobras. O ato está previsto para o próximo 24 de fevereiro. Ele também pediu palmas a João Vaccari Neto, tesoureiro petista investigado pela Polícia Federal (PF) na Operação Lava-Jato. Segundo o sindicalista, Vaccari, apontado nas investigações como operador do esquema de superfaturamento e desvio de verbas na estatal, é um homem honesto.
Depois de Freitas, discursou o governador do Piauí, Wellington Dias. "Mexeu com Lula, mexeu comigo. Mexeu com Dilma, mexeu comigo, mexeu com o Partido dos Trabalhadores, mexeu comigo. Vai ser assim agora", disse. Já Rui Costa, governador da Bahia, enalteceu as conquistas dos governos Lula e Dilma, e reforçou a importância de todos pedirem a reforma política. Ele também atribuiu a corrupção ao financiamento privado de campanha, defendeu a regulação da mídia e a taxação de grandes fortunas e e falou sobre corrupção.