A deflagração da Operação Lava-Jato, em março do ano passado, não foi suficiente para acabar com o esquema de pagamentos de propina na Petrobras e nas subsidiárias. A afirmação é do procurador Carlos Fernando Lima, do Ministério Público Federal (MPF), ao comentar o período de ação dos suspeitos investigados na nona fase da operação, apelidada de My Way. Ele diz que a corrupção não acabou. ;Eu diria que vai até a data de hoje. É muito recente;, disse Carlos Fernando, da equipe de procuradores e delegados que integra a Lava-Jato.
A Polícia Federal ainda procura o operador Mário Góes, do Rio de Janeiro, cujo mandado de prisão preventiva ainda não foi cumprido. O delegado Carlos Fernando disse ao Correio que esse operador atuou tanto para a Arxo, na BR Distribuidora, quanto para outros ;clientes; na Diretoria de Serviços.
Carlos Fernando diz que ainda não se sabe exatamente quando começaram os supostos crimes investigados na My Way. Em entrevista coletiva ontem, o procurador reforçou que a importância da apuração é que a análise da Lava-Jato agora se estende além das diretorias de Abastecimento, antes comandadas por Paulo Roberto Costa, e Internacional, que era subordinada a Nestor Cerveró. O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima disse que os operadores ;têm muitas ligações com agentes públicos dentro da Petrobras;. Segundo Carlos Fernando, os operadores tinham proximidade com a Diretoria de Serviços e Engenharia, que foi comandada por Duque. Apesar disso, os investigadores não pediram a prisão dele, ao menos por enquanto, por não terem provas suficientes.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.