O juiz federal Sérgio Moro determinou a suspensão por 60 dias da ação penal contra os parentes do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em função das negociações para delação premiada. A decisão é resposta a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná. As duas filhas de Costa, Arianna e Shanni Costa, e os dois genros, Marcio Lewkowicz e Humberto Sampaio de Mesquita, são acusados de ;obstruir as investigações; durante o cumprimento das buscas e apreensões no escritório do ex-diretor.
[SAIBAMAIS]O despacho, assinado por Moro na última quinta-feira, explica que o MPF pediu a suspensão porque os acordos de delação premiada feitos pelos quatro parentes ainda não foram homologados pela Justiça. ;Intimado a se manifestar, o Ministério Público Federal enfatizou que os acordos de colaboração entre esse órgão e as filhas e os genros de Paulo Roberto Costa possivelmente refletirão no presente feito (processo), requerendo a suspensão da presente ação penal por 60 dias;, escreveu o juiz.
A denúncia do MPF diz que o ex-diretor ordenou aos parentes que fossem ao escritório de sua empresa Costa Global Consultoria, no Rio de Janeiro, antes de a Polícia Federal chegar ao local, e retirassem materiais que poderiam comprovar os crimes investigados pela Lava-Jato. A ação ocorreu em 17 de março, quando foi deflagrada a primeira fase da operação, que teve Paulo Roberto Costa como um dos presos.
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