Jornal Correio Braziliense

Politica

Renan Calheiros mantém distância dos holofotes para evitar desgastes

O objetivo é sacramentar a reeleição ao cargo de presidente do Senado, que o manterá por mais dois anos no cargo

Renan Calheiros (PMDB-AL) chega à eleição para a presidência do Senado, daqui a uma semana, como planejou. Diferentemente de 2013, quando, ao disputar o cargo, tornou-se alvo de uma série de protestos populares e de uma oposição pequena, mas barulhenta, o peemedebista tenta a reeleição protegido pela sombra da acirrada disputa para o mesmo posto na Câmara. Sem anunciar oficialmente a candidatura ; já costurada nos bastidores ;, ele é o favorito na briga, com o apoio do Palácio do Planalto. Caso vença, será o terceiro mandato dele.

A estratégia de Renan é o silêncio. Ele planeja anunciar sua candidatura apenas no próximo domingo, dia da posse dos novos senadores e da eleição para a Mesa Diretora. O peemedebista não deu entrevistas sobre o assunto em janeiro, embora seu partido tenha anunciado apoio à reeleição. Sem falar oficialmente sobre a disputa, Renan conseguiu distância dos holofotes, que, em janeiro de 2013, lhe renderam um abaixo-assinado com mais de 1 milhão de assinaturas contra a eleição para o cargo.

Naquele ano, Renan também deixou para anunciar a candidatura no último momento, mas não conseguiu escapar do tiroteio de adversários, que aproveitaram a lembrança dos escândalos de 2007 (veja memória), quando renunciou ao mesmo cargo, para desgastá-lo. Ironicamente, foi também há sete anos que começou o caminho que agora leva Renan à reeleição. Nos anos seguintes à renúncia, o peemedebista se empenhou em resgatar a sua imagem. A aliados, revelou que gostaria de voltar ao comando da Casa como uma estratégia de enterrar o fracasso da passagem anterior.

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