A Justiça Federal determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que cumpre pena, em regime aberto, por condenação no processo do mensalão. O petista é investigado na Operação Lava-Jato. O Ministério Público Federal (MPF) encontrou transferências bancárias de empreiteiras ligadas ao esquema de corrupção na Petrobras à empresa JD Assessoria e Consultoria, que pertence a Dirceu e a um irmão.
O MPF e a Polícia Federal vão investigar se as transferências a Dirceu fizeram parte do mesmo esquema de corrupção, por meio do qual empreiteiras pagavam propina a políticos em troca de contratos na Petrobras. No período em que recebeu o dinheiro, o petista já não ocupava cargo público. Ele deixou a Casa Civil em meio ao escândalo do mensalão e teve o mandato na Câmara dos Deputados cassado pelo mesmo motivo. Ele mantinha, no entanto, bom trânsito no PT e no governo federal.
A quebra do sigilo fiscal foi autorizada entre 1; de janeiro de 2005 e 18 de dezembro de 2014, e a do sigilo bancário, entre 1; de janeiro de 2009 e 18 de dezembro de 2014. As transferências bancárias a Dirceu constam em documentos contábeis das empreiteiras. Em lista da Galvão Engenharia, pagamentos mensais de R$ 25 mil à empresa de Dirceu são associados à rubrica ;consultoria;. Nos livros da OAS, há pagamentos mensais de R$ 30 mil.
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