Politica

MP vai denunciar "clube VIP" envolvido em esquema de corrupção da Petrobras

Ministério Público Federal confirma que mais de 20 construtoras serão denunciadas criminalmente por formação de cartel até junho deste ano

postado em 20/01/2015 06:09
Curitiba ; O Ministério Público Federal (MPF) vai oferecer ações de improbidade administrativa contra seis empreiteiras que atuavam no esquema de corrupção da Petrobras. São as primeiras denúncias contra as pessoas jurídicas da organização criminosa, que formaram um ;clube VIP; para direcionar licitações bilionárias da estatal. O MPF confirmou ontem que, até junho deste ano, mais de 20 construtoras, incluindo a Odebrecht, maior empreiteira do Brasil, serão denunciadas criminalmente por formação de cartel. A ação será apresentada à Justiça até o fim de janeiro.

Os procuradores que integram a força-tarefa vão pedir aplicação de multas, ressarcimento ao erário, que pode chegar a mais de R$ 1 bilhão, o reconhecimento de atos de improbidade dos agentes públicos e a inidoneidade judicial de todas as construtoras envolvidas. Na prática, após a sentença proferida pela Justiça Federal, as maiores construtoras brasileiras podem ser impedidas de assinar contratos com entes públicos. Os procuradores da República acreditam que as obras em andamento não vão ser prejudicadas porque as condenações só devem sair quando os empreendimentos que estão em construção já estiverem concluídos.

A denúncia que será oferecida até o fim deste mês vai atingir as empreiteiras Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, OAS e UTC. Em dezembro do ano passado, executivos das empresas em questão, além de ex-agentes públicos e doleiros, foram denunciados por diversos crimes, entre eles, formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro. Na ocasião, foram oferecidas 50 denúncias que apontaram 154 atos de corrupção e 105 de lavagem de dinheiro.

O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa, afirmou ontem ao Correio que a investigação tem avançado em relação ao material probatório produzido contra a Odebrecht. O Ministério Público Federal chegou a pedir a prisão temporária de executivos da empresa, no entanto, o juiz federal Sérgio Moro negou por entender que não havia provas suficientes.

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