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Cerveró pede habeas corpus pela terceira vez

Ex-diretor da Petrobras espera deixar a cadeia nos próximos dias, mas a Justiça tem sido dura com os envolvidos no caso

Pela terceira vez, o vice-presidente da construtora Engevix, Gerson de Mello Almada, preso desde 10 de novembro, teve habeas corpus negado pela Justiça. Na tarde de sexta-feira, o Tribunal Regional Federal da 4; Região (TRF-4) indeferiu o pedido elaborado pela defesa do executivo. Almada, que teve R$ 20 milhões bloqueados judicialmente, está detido em Curitiba e responde por participação no esquema de corrupção para licitações da Petrobras e pagamento de propinas a agentes públicos. Na próxima terça-feira, o desembargador João Pedro Gebran Neto, que pediu informações à Justiça Federal, deve se posicionar sobre o caso do ex-diretor da Área Internacional da petroleira Nestor Cerveró. Ele foi preso na madrugada de quarta-feira, no momento em que desembarcava no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e teve habeas corpus negado na sexta.

Em dezembro do ano passado, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos referentes à Operação Lava-Jato, aceitou denúncia contra o ex-executivo por corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o lobista Fernando Soares, mais conhecido como Fernando Baiano, e Cerveró receberam US$ 40 milhões de propina entre 2006 e 2007 para intermediar a contratação de navios-sonda destinados à perfuração de águas profundas na África e no México. No depoimento prestado à Polícia Federal na quinta-feira, Cerveró negou ter recebido qualquer suborno de Baiano e também que valores tivessem sido oferecidos.

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A prisão do ex-diretor foi pedida pelo MPF porque, no entendimento dos procuradores, ele tomou atitudes suspeitas, a exemplo da doação de imóveis para parentes e tentativa de sacar valores referentes a aplicações financeiras. A Polícia Federal acredita que ele poderia tentar fugir do país.

Em novembro, a Justiça Federal rejeitou outros 11 pedidos de liberdade para os executivos presos na sétima fase da Operação Lava-Jato. Os investigados que tiveram o pedido de liminar negados, na ocasião, foram o presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho; o diretor financeiro da OAS Mateus Coutinho de Sá Oliveira; o advogado da OAS Alexandre Portela Barbosa; o próprio vice-presidente da Engevix; e os diretores técnicos da Engevix Carlos Eduardo Strauch Albero e Milton Prado Júnior.

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