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Uso dos cartões corporativos aumentou e parte das despesas não é revelada

Em 2014, as despesas do governo federal pagas com a ferramenta custaram R$ 65,3 milhões, contra R$ 61,7 milhões em 2013

Marcado por manobras contábeis e propaganda para disfarçar os problemas das contas públicas em pleno período eleitoral, o último ano de governo da presidente Dilma Rousseff teve aumento nos gastos com cartões corporativos. Em 2014, as despesas do governo federal pagas com a ferramenta custaram R$ 65,3 milhões, contra R$ 61,7 milhões em 2013. Quase metade do valor desembolsado no ano passado com os cartões (R$ 30,3 milhões) é mantida em sigilo por motivos de segurança.

Órgão que tradicionalmente mais gasta com os cartões, a Presidência da República consumiu R$ 21,7 milhões, sendo R$ 18,3 milhões (86%) sigilosos. Em 2013, a Presidência havia desembolsado R$ 18,6 milhões, uma quantia R$ 3,1 milhões menor do que o valor usado ano passado. Segundo levantamento divulgado pela ONG Contas Abertas, a unidade orçamentária que mais pagou por bens e serviços por meio dos cartões foi a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Para o senador José Agripino Maia (DEM-RN), é inadmissível que despesas de cerca de R$ 2,5 milhões mensais não sejam explicadas ao contribuinte, que paga essa conta. ;Em tempos de crise, o exemplo tem que vir de cima. A presidente Dilma tem a obrigação de adotar uma posição espartana em relação aos gastos. Não é aceitável a Presidência usar R$ 2,5 milhões por mês em gastos sem explicação. A sociedade não aceita nem pode compactuar com uma coisa dessas;, criticou o parlamentar.

Agripino Maia cobrou também que essas despesas sejam melhor controladas. ;Esse tipo de despesa tem de ser explicada e, mais do que isso, precisa ser objeto de restrições. É uma sinalização negativa para a sociedade. A presidente deveria dar o exemplo de comportamento.;

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