Depois de descobrir o mecanismo de envio de dinheiro para o exterior utilizado por Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, a Polícia Federal mira uma nova frente de investigação na descoberta de irregularidades na Petrobras, o mercado offshore, de negócios em alto mar, como afretamento de navios e plataformas de perfuração.
[SAIBAMAIS]A Operação Lava-Jato já obteve vários indícios de problemas nesse setor de transações bilionárias, turbinado pela exploração do pré-sal. Mas os investigadores entendem que é preciso usar uma lupa para conferir com mais profundidade o que está por trás dos contratos entre a estatal e companhias brasileiras e estrangeiras.
Entre as suspeitas levantadas pela PF, há uma duvidosa ;consultoria; na prospecção de novos negócios entre a Engevix e a Funcef, o fundo de pensão da Caixa, sócio da empreiteira em estaleiro inaugurado às vésperas das eleições de 2010 pelos então presidentes da República e da Petrobras, Luiz Inácio Lula da Silva e José Sérgio Gabrielli.
;Destacamos que a área offshore ainda será objeto de aprofundamento em investigações futuras;, avisou o delegado Eduardo Mauat da Silva, em relatório ao juiz da 13; Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro. Até a semana passada, polícia e Ministério Público não haviam iniciado as apurações dos negócios offshore. Só com três fornecedores da estatal, os contratos somam US$ 120 bilhões.
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