;Já há iniciativas no campo alimentar, no campo farmacêutico e em outros que vão se abrir. Vamos dinamizar toda a agenda, sobretudo da cooperação econômica, industrial, tecnológica, agrícola, agroalimentar. Temos uma base muito bem construída durante 12 anos desse novo tipo de relacionamento entre Brasil e Venezuela;, avaliou, ao deixar o Palácio do Planalto. Maduro veio a Brasília para a posse de Dilma.
Segundo ele, os governos do Brasil e da Venezuela devem retomar as reuniões periódicas que faziam durante os governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, morto em 2013.
Maduro disse que agradeceu a Dilma pelo apoio do governo brasileiro em relação às novas sanções impostas pelos Estados Unidos à Venezuela. No começo de dezembro, o Senado americano aprovou uma lei com medidas como o congelamento de ativos e a rejeição da concessão de vistos para pessoas ligadas ao Executivo da Venezuela. As sanções foram criticadas pelo Mercosul e pela União de Nações Sul-Americanas.
O venezuelano disse que teve um encontro ;cordial; com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, antes da posse de Dilma. ;Nos cumprimentamos como deve ser, no ambiente que deveria haver sempre, de respeito. O que já havíamos pedido mil vezes aos Estados Unidos em público e privado, uma relação de respeito, mais nada;. Maduro disse que a Venezuela tem um governo ;admirado e apoiado; em todo o continente e que os Estados Unidos precisam respeitar sua gestão.
;Creio que ele [Biden] se deu conta, no tempo que aqui esteve, de que temos uma relação de cordialidade, de irmandade dentro da diversidade. É a grande virtude da América do Sul: as distintas posições políticas, os distintos projetos hoje convivem, trabalham de maneira cooperativa. Na América do Sul cabemos todos. E creio que os americanos devem entender isso;, avaliou.
Além de Maduro, Dilma recebe na primeira manhã de trabalho do segundo mandato o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, o vice-presidente da China, Li Yuanchao, e o presidente da Guiné-Bissau, Mário José Vaz.