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Processo contra Bolsonaro não será concluído, avalia Eduardo Cunha

Na última semana, PT, PCdoB, PSB e PSOL acusaram, por meio da representação, o deputado Jair Bolsonaro de quebrar o decoro ao ofender a deputada Maria do Rosário

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), candidato à presidência da Câmara dos Deputados, esclareceu nesta sexta-feira (19/12), em campanha no Rio de Janeiro, que a representação contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), por quebra de decoro parlamentar, não deve ;ir adiante;. Ele disse que, com o fim da atual legislatura, o caso não pode ser apreciado em 2015, no novo mandato

[SAIBAMAIS];[A representação] é fato desta legislatura;, disse. ;Já tem jurisprudência;, completou, explicando que outros casos não puderam ser apreciados após o fim do mandato. Porém, como líder do PMDB, Cunha aproveitou para condenar a declaração do deputado do PP-RJ.

;A história [entre Bolsonaro e a deputada Maria do Rosário (PT-RS)] tem três versões: a das partes e a verdadeira. Agora, eu sou contra qualquer tipo de agressão como [a que] foi feita por ele, na verbalização. Sou contra qualquer agressão, acho que [as relações no] Parlamento têm que se dar com respeito, educação, divergência de ideias, mas dentro da polidez e do decoro;, afirmou.

Na última semana, PT, PCdoB, PSB e PSOL acusaram, por meio da representação, o deputado Jair Bolsonaro de quebrar o decoro ao ofender a deputada Maria do Rosário. Em pronunciamento no plenário da Câmara, Bolsonaro disse que não estuprava Maria do Rosário "porque ela não merece;. A agressão ocorreu após a deputada comentar o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, divulgado dia 10 de dezembro.



Em breve defesa prévia, Bolsonaro afirmou que ficou ofendido com as ;acusações; contra os militares. ;Sou capitão do Exército;, justificou. Os deputados no Congresso Nacional entram em recesso na próxima segunda-feira (22/12) e voltam às atividades em 1; de fevereiro de 2015.