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Quase R$ 100 mil por 44 dias de mandato de deputado

A cinco dias do início do recesso parlamentar, a Câmara dos Deputados deu posse, nesta quinta-feira (18/12), a Denilson Francisco Teixeira (PV-MG). Ele terá 44 dias de mandato, sendo 39 deles no período de férias. A curta passagem pela Casa pode sair cara ao contribuinte: quase R$ 100 mil de salário e ajuda de custo.

A posse ocorre seis dias depois de Teixeira garantir a vaga em decisão liminar da Justiça. Ele entra no lugar de Antônio Roberto (PV), que se aposentou por invalidez em 8 de maio. No mês seguinte, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello determinou que a cadeira fosse ocupada pelo suplente mais votado ainda filiado ao PV.

A Câmara havia empossado, no entanto, o Subtenente Gonzaga para a vaga, que foi o suplente do PV mais votado em 2010. Em setembro de 2013, porém, Gonzaga migrou para o PDT. O segundo suplente de deputado federal da lista de 2010 do PV, Raúl Belém, filiou-se ao PPo. Já o terceiro suplente, Reinaldo Lima, migrou para o PTdoB. O quarto suplente foi Teixeira.

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Só depois de pedir a prisão do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e de toda a Mesa Diretora por descumprimento da ordem judicial, Teixeira garantiu a cadeira. Pela curta temporada na Casa, receberá salário por 13 dias de dezembro e pelo mês de janeiro, além de uma ajuda de custo igual ao subsídio mensal dos deputados (R$ 26,7 mil) dada no fim e início do mandato para ;ajudar o parlamentar a se estabelecer na capital;.

A soma pode chegar a R$ 91 mil. A Diretoria-Geral da Casa vai tentar sustar a ajuda de custo sob a alegação de que ele toma posse na semana final dos trabalho. A Câmara vai ter de decidir ainda se ele terá direito a outras verbas, como contratação de funcionários para o gabinete (R$ 78 mil), auxílio-moradia (R$ 3,8 mil) e a verba indenizatória (R$ 32,8 mil).

Teixeira disse, em entrevista, que a ;culpa; pela posse tardia é da Câmara, que sempre deu desculpas - como o recesso branco na Copa do Mundo - para não empossá-lo antes. ;Decidi brigar porque quero deixar para minhas filhas o exemplo: têm que lutar pelo seu direito.Estão dando mais ênfase ao tempo que eu vou assumir (como deputado) do que ao não cumprimento da liminar. Estive aqui 21 vezes, sempre prometiam que eu ia assumir e nada. Mineiro é bobo, acredita nas pessoas.;