O vice-presidente da República, Michel Temer, criticou na manhã desta quinta-feira (4/12) o que chamou de "conceito de situação e oposição no Brasil", que seria "político e não jurídico". "A concepção jurídica de oposição na democracia é para ajudar a governar. Ou seja, quando ela fiscaliza, critica, observa, e modificações são feitas a partir dessas ponderações, ela está ajudando a governar".
Temer também defendeu, além da independência, a harmonia entre os Poderes da República. "Somos órgãos exercentes do Poder, e devemos sempre harmonizar as nossas atividadea, e não litigar". As falas de Temer foram feitas durante a mesa de abertura do XV Seminário Internacional Ética na Gestão, em Brasília.
Embora não tenha se pronunciado sobre fatos específicos, as observações se deram poucas horas após o fim da que votou a proposta de alteração do superavit primário enviada pelo Planalto. Iniciada na manhã de quarta-feira (3/12), a sessão só terminou na madrugada de hoje, graças a estratégias protelatórias da oposição.
Sempre em tom genérico, Temer lamentou que, no Brasil, "quem perde a eleição tem de necessariamente contrapor-se a quem ganhou". O vice-presidente ressaltou ainda a necessidade de separação dos momentos "político-eleitoral" e "político-administrativo". No segundo, posterior às eleições, "todos, sem exceção, irão em busca do bem comum".