Procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato entendem que o cartel de empreiteiras na Petrobras está mais que comprovado com os documentos e depoimentos colhidos até agora. De acordo com o procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, foram descumpridas até mesmo as regras internas de licitações da petroleira, que são questionadas por serem consideradas permissivas demais. ;Não obedeceram à boa prática da própria Petrobras nas licitações;, afirmou.
[SAIBAMAIS]A operação da PF começou investigando uma rede de quatro doleiros que movimentou R$ 10 bilhões em esquemas criminosos diversos, mas acabou se deparando com suspeitas de desvios de recursos da maior empresa do país. Passados oito meses desde a deflagração da primeira fase, em março, já foram investigados e denunciados operadores e empreiteiras. Agora, começa a chegar a vez dos políticos. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve analisar delações premiadas para abrir inquéritos ou denúncias contra parlamentares.
Mas os futuros ex-congressistas também estão na mira do Ministério Público. Os deputados André Vargas (ex-PT-PR) e Luiz Argôlo (SD-BA) vão ficarm sem mandatos em 1; de fevereiro. Após isso, perdem o foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal e passam a responder criminalmente como cidadãos comuns.
;Vamos analisar se cabe fazer denúncia ou não;, afirma Carlos Fernando. ;É preciso fazer investigações porque nunca foi investigado porque eram deputados. Verificados os deputados, foi automaticamente informado ao Supremo. E aí não se faz mais nada. Agora, eu poderei reiniciar as investigações.;
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