O Correio lista nove eleitos que, mesmo "calouros", devem tomar para si parte das atenções midiáticas durante a próxima legislatura. A maioria deles têm atuação de destaque nas assembleias de seus estados e chegam a Brasília com votação expressiva. A posse dos novos deputados está marcada para 1; de fevereiro de 2015.
Andrés Sanchez (PT-SP)
169,8 mil votos
O ex-presidente do Corinthians é um dos homens mais poderosos do futebol brasileiro e se apresenta como reforço de peso para a "bancada da bola", mas com uma diferença: Sanchez é opositor da atual direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Conhecido pelas declarações polêmicas, deve reforçar a pressão por uma nova investigação sobre a entidade.
Bruno Covas (PSDB-SP)
352,7 mil votos
O neto de Mário Covas, ex-governador de São Paulo, foi o deputado federal mais votado do PSDB em todo o país e deve assumir papel importante na liderança da oposição. Entre 2011 e 2013, ocupou o cargo de secretário do Meio Ambiente a pedido de Geraldo Alckmin. Como deputado estadual, foi autor de um projeto que proibiu a paralisação de obras em mudanças de gestão.
Raimundo Angelim (PT-AC)
39,4 mil votos
O professor de economia faz parte de um núcleo duro do Partido dos Trabalhadores (PT) e só vai estrear na Câmara dos Deputados agora, aos 59 anos. Angelim passou dois anos como deputado estadual no Acre, foi prefeito do Rio Branco por dois mandatos e chefiou a Casa Civil no governo Jorge Viana.
Clarissa Garotinho (PR-RJ)
335,1 mil votos
A filha de 32 anos de Anthony Garotinho não esconde a vontade de concorrer à prefeitura do Rio em 2016, portanto promete atuação forte na próxima legislatura. Clarissa chegará à Câmara decidida a impedir a que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se torne presidente da casa. ;Se Cunha for eleito, o mensalão será fichinha;, declarou a um jornal logo na primeira entrevista após ser eleita.
Eduardo Bolsonaro (PSC-SP)
82,2 mil votos
Pai e filho, Jair e Eduardo Bolsonaro prometem uma série de polêmicas no Congresso Nacional. Conhecido por ter posições radicalmente à direita na Casa, Jair Bolsonaro agora tem o apoio do filho, eleito deputado federal por São Paulo. Escrivão da Polícia Federal, Eduardo provocou burburinho após aparecer armado em um protesto contra a presidente Dilma Rousseff.
Eliziane Gama (PPS-MA)
133,6 mil votos
Conhecida pela postura inclusiva, foi a deputada mais votada no Maranhão. Desde sua primeira eleição como deputada estadual, em 2006, Eliziane presidiu comissões parlamentares de inquérito importantes no estado, tais como a CPI de Combate a Pedofilia e Abuso Sexual Infantil, as comissões de Direitos da Mulher; de Direitos Humanos; e de Infância, Juventude e Idoso.
Brunny (PTC-MG)
45,4 mil votos
A empresária e apresentadora de tevê será um grande reforço para a bancada conservadora e pode surgir como liderança improvável entre os nanicos. Evangélica, já deu declarações contra o aborto e promete fazer jogo duro para defender seus interesses. Ela é esposa do deputado estadual Hélio Gomes.
Roberto Góes (PDT-AP)
22,1 mil votos
Primo do governador eleito do Amapá, Waldez Góes (também do PDT), Roberto é investigado por suspeita de participação em esquemas de desvio de verbas federais e ficou preso no Complexo da Papuda por dois meses entre 2010 e 2011. Em 2008, teve o mandato de prefeito de Macapá cassado por abuso de poder e compra de votos durante a campanha eleitoral.
Valdir Rossoni (PSDB-PR)
177,3 mil votos
Deputado estadual por seis mandatos, o empresário fã da alemã Angela Merkel é um nome forte da direita no Sul do país. Rossoni ocupou o cargo presidente da Assembleia Legislativa do Paraná nos últimos quatro anos e tem força no PSDB da região. É conhecido pelas opiniões fortes e pelas denúncias contra o PT nas redes sociais. Costuma interagir com os seguidores.