A oposição vai tentar, na tarde desta terça-feira (18/11), votar a convocação dos ex-diretores da Petrobras Renato Duque e Nestor Cerveró, do tesoureiro do PT nacional, João Vaccari Neto, além dos 20 executivos presos na última fase da Operação Lava Jato, na CPMI que investiga irregularidades na petrolífera. Na última reunião do colegiado, na semana passada, a base aliada usou como estratégia esvaziar o quorum, o que impediu votações.
A oposição se reuniu nesta treça-feira (18/11) para traçar estratégias para a CPMI. O trabalho do grupo se encerra em cinco dias, mas parlamentares tentam conseguir assinaturas para prorrogar as investigações por mais 30 dias.
De acordo com o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (SP), se for necessário, a oposição se dispõe a fazer reuniões diariamente, de manhã e de tarde, para ouvir todos os envolvidos. As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal apontam que empreiteiras pagavam propina a políticos e diretores da Petrobras para conseguir contratos com a empresa.
"Caso a base aliada esvazie ao quorum, vamos mostrar a chamada nominal da presença na CPMI e mostrar quem não quer investigação", disse Bueno, acusando, em seguida, a presidente Dilma Rousseff de querer se apropriar do trabalho da PF e do MPF ao dizer que "o Brasil pode mudar para sempre" depois da apuração deste escândalo.
[SAIBAMAIS]A oposição quer ainda a votação de um requerimento que autorize um grupo a viajar para a Holanda para apurar pagamento de propina pela SBM Offshore a funcionários da Petrobras. Ontem a presidente da empresa admitiu que foi confirmada a existência desse esquema de corrupção e disse que a empresa holandesa está vetada de licitações da Petrobras.