A Polícia Federal encerrou, na tarde deste domingo (16/11) em Curitiba, a segunda fase de depoimentos dos presos da sétima etapa da Operação-Lava Jato, que desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que apontou dirigentes da Petrobras envolvidos no pagamento de propina a políticos e executivos. O colhimento de informações deve continuar até terça-feira (18), quando termina o prazo de prisão temporária de parte dos detidos.
[SAIBAMAIS]Ainda não há informações de quantos investigados prestaram depoimento. Dos envolvidos no esquema, 23 estão presos na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba. A maior parte deles chegou na madrugada do último sábado. Neste domingo, Todos foram levados para realização de exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
Deflagrada na sexta-feira, a sétima fase da Lava-Jato foi batizada de Juízo Final. Ela levou à cadeia mais um ex-diretor da Petrobras Renato Duque e 16 executivos das maiores empreiteiras do país, responsáveis por R$ 98,7 milhoes em doações na campanha eleitoral de 2014. Também foi preso Jayme Oliveira Filho, que seria ligado ao doleiro Alberto Youssef.
Os investigadores querem garantir provas do esquema de corrupção na Petrobras, detalhado por nove envolvidos que fizeram acordo de delação premiada, como Youssef e o ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa. Segundo eles, agentes políticos recebiam propina por contratos superfaturados com a Petrobras.