Parlamentares da base do governo e da oposição chegaram a um acordo, ontem, para evitar a convocação de políticos na CPMI da Petrobras. Apesar de aprovarem quase 100 requerimentos, os integrantes da comissão deixaram de lado oitivas polêmicas, como as do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e dos senadores tucanos Alvaro Dias (PR) e Aécio Neves (MG). O acordo foi selado em uma reunião de mais de uma hora, a portas fechadas.
Entre os requerimentos aprovados, estão as convocações de pessoas ligadas aos crimes descobertos pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Meire Poza ; ex-contadora de Alberto Youssef, doleiro que comandava o esquema de corrupção na Petrobras ; foi chamada para depor novamente. Além dela, serão ouvidos Marcio Bonilho, João Procópio Junqueira, Marcelo Daniel, Waldomiro de Oliveira, Saul Sabba e Rafael Angelo Lopes. Segundo o deputado federal Marco Maia (PT-RS), relator da CPMI, os seis eram laranjas no esquema criminoso.
Outros que escaparam de convocações são Rodrigo de Castro e José Gregori, tesoureiros do PSDB, e João Vaccari Neto, tesoureiro do PT. Os pedidos de oitivas do ex-diretor da Petrobras Renato Duque e de Sérgio Machado, diretor licenciado da Transpetro, serão votados na próxima semana. Também foi decidido que a CPMI não pedirá a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico das empresas.
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