A semana seguinte à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) teve clima de ;terceiro turno; no Congresso. Depois de sofrer uma derrota importante na noite de terça-feira com a aprovação de um projeto de decreto legislativo (PDC) que anula a criação do Sistema Nacional de Participação Social (SNPS), lançado por Dilma em maio, a Câmara aprovou ontem a convocação de dois ministros do governo para prestar explicações. Os peemedebistas Neri Geller (Agricultura) e Edison Lobão (Minas e Energia) terão de comparecer à Comissão de Agricultura da Câmara para falar sobre supostas irregularidades nas pastas. Como se não bastasse, a pauta preparada para os próximos meses está repleta de projetos que contrariam interesses do Planalto ou representam aumento de custos.
As convocações de Geller e Lobão foram aprovadas a partir de requerimentos apresentados por oposicionistas, que formam a maioria na Comissão de Agricultura. PT e PMDB pediram ;diálogo; e tentaram transformar as convocações em convites, que poderiam ser recusados pelos ministros. Geller terá de explicar-se sobre supostas falhas na fiscalização da qualidade das vacinas contra a febre aftosa.
[SAIBAMAIS]Já Lobão foi convocado por um requerimento do deputado e senador eleito Ronaldo Caiado (DEM-GO), a pretexto de discutir o acordo firmado para a transferência do controle das Centrais Elétricas de Goiás (CELG) à Eletrobras. Lobão, no entanto, é um dos políticos que teria sido citado na delação premiada do doleiro Alberto Youssef como beneficiário no esquema de corrupção denunciado pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Por isso, é provável que os parlamentares lhe façam perguntas ;inconvenientes; sobre o tema.
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