Derrotado no segundo turno das eleições presidenciais, o senador Aécio Neves (PSDB) disse que enfrentou uma disputa "desigual". O tucano acusou a campanha da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) de ter usado a "máquina pública, infâmia e a mentira" contra ele. As declarações foram feitas em vídeo publicado no Facebook, na noite de ontem.
"Nós temos que nos lembrar que disputamos uma eleição tão desigual, com um outro lado usando a máquina pública, a infâmia, a mentira contra nós", acusou o tucano. Foi a eleição mais acirrada desde a redemocratização. Aécio foi o tucano que mais recebeu votos em uma corrida presidencial: 51.041.155. Ele terminou com 48,36% das intenções de voto, contra 51,64% de Dilma.
[SAIBAMAIS] O tucano prometeu aos seus eleitores que estará "atento e vigilante". "Mas acontece, e é isso que não podemos esquecer, uma outra coisa extraordinária que foi o Brasil acordando, as pessoas indo para as ruas, querem voltar a ser protagonistas do seu próprio destino. E essa é a maior força que nós temos hoje. A nossa união, para fiscalizamos a cada dia as ações desse governo e cobrarmos resultados."
"Fiquem tranquilos que estarei atento e vigilante para que cada compromisso da campanha seja agora cumprido, se nao será denunciado", completou.
Aécio terminou a filmagem lembrando o ex-governador Eduardo Campos (PSB) e o avô Tancredo Neves. "Me lembro agora de duas citações, que acho que tem muito a ver com esse momento. A primeira delas feita por Eduardo Campos, pouco antes de falecer. Ele disse: ;não vamos desistir do Brasil; e nós não podemos desistir do Brasil. E há trinta anos Tancredo disse uma outra frase que ficou guardada na memória de milhões de brasileiros e disse em um momento único da vida nacional: ;Não vamos nos dispersar;. E é isso que eu peço a cada um de vocês. Não vamos desistir do Brasil e não vamos nos dispersar."