O atual diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, será ouvido na quarta-feira (22), às 14h30, pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades na estatal.
Consenza substituiu Paulo Roberto Costa, que saiu da Petrobras em abril de 2012. Costa foi preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), por suspeitas de superfaturamento e lavagem de dinheiro na estatal. Após acordo de delação premiada, o ex-diretor passou a cumprir pena domiciliar.
No requerimento de convocação, o deputado Rubens Bueno (PPS-PR) cita reportagens divulgadas pela imprensa para justificar o depoimento de Cosenza. Segundo uma delas, Costa teria continuado o esquema de corrupção na Petrobras por intermédio do atual diretor.
Já outra reportagem fala de uma conversa do doleiro Alberto Youssef com o deputado Luiz Argôlo (SD-BA) para agendar uma audiência entre Cosenza e Youssef.
O doleiro também foi preso pela Operação Lava Jato, sob acusação de prática de crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. Em virtude de seu envolvimento com Youssef, o deputado Luiz Argôlo responde a processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara.
Construção de refinarias
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que também apresentou requerimento para ouvir Cosenza, quer esclarecer uma carta enviada por Costa à presidente da Petrobras, Graça Foster, propondo uma parceria da estatal com uma empresa para construir pequenas refinarias em quatro estados.
A carta, feita depois da saída de Costa, foi encaminhada a Cosenza. Segundo a Petrobras, porém, o negócio não foi para frente. A reunião da CPMI ocorrerá na sala 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.