O doleiro Alberto Youssef foi condenado, nesta quarta-feira (17/9), por corrupção ativa no caso Banestado - maior investigação sobre atuação de criminosos no mercado paralelo de dólar no país, ocorrida entre 2003 e 2007. Youssef havia se livrado da condenação em 2004 depois de fazer acordo de delação premiada. Porém, como voltou a se envolver na mesma atividade ilegal, revelada pela Operação Lava Jato, o juiz Sergio Moro decidiu que ele não tem mais direito ao benefício e o condenou a quatro anos e quatro meses de prisão.
[SAIBAMAIS]
Youssef agora é investigado pela Polícia Federal e acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de participação em esquema de lavagem de dinheiro, que teria também o envolvimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
De acordo com a sentença, Youssef corrompeu um executivo do Banestado, banco estatal do Paraná, para conseguir empréstimo fraudulento no banco. O doleiro pagou propina de US$ 131 mil ao diretor de operações internacionais do Banestado para conseguir o empréstimo de US$ 1,5 milhão. Na época das investigações, Youssef colaborou com informações sobre clientes que faziam remessas ilegais de dinheiro para o exterior.
Com a delação premiada, Youssef se livrou da condenação em 2004. ;Alberto Youssef, conforme histórico (;), que inclui confissões de diversos crimes na colaboração firmada e ainda condenação criminal transitada em julgado (;), é um criminoso profissional. Teve sua grande chance de abandonar o mundo do crime com o acordo de colaboração premiada, mas a desperdiçou, como indicam os fatos que levaram à rescisão do acordo;, diz a sentença.