O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa preferiu usar o direito constitucional de ficar calado na sessão que colheria seu depoimento na CPMI da estatal, nesta quarta-feira (17/9). ;Eu vou me reservar ao direito de ficar calado;, anunciou o executivo logo após entrar na sala.
[SAIBAMAIS]
O presidente da CPMI, Vital do Rêgo (PMDB-PB), colocou a possibilidade de limitar o acesso à sessão caso o executivo tivesse interesse em prestar esclarecimentos somente aos parlamentares, mas o ex-diretor preferiu manter o silêncio.
Mais cedo, vários parlamentares da oposição e da base repudiaram limitar o acesso à sessão alegando que as versões repassadas poderiam ser deturpadas. Eles defenderam transparências nas ações da Casa. A reunião vai seguir aberta ao público.
Esta é a segunda vez que o ex-diretor depõe no Congresso. Em 10 de junho, Paulo Roberto Costa negou aos parlamentares da CPI do Senado a existência de uma organização criminosa dentro da estatal.
Reportagem da revista Veja revelou que o ex-diretor teria entregado à Justiça os nomes de pelo menos 32 políticos em um acordo de delação premiada. Mais cedo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, comentou que em casos de acordos de colaborações, é preciso manter o sigilo das informações para a validação do benefício.