Ao fazer as considerações finais no debate da CNBB, os três presidenciáveis mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de votos aproveitaram para reforçar a troca mútua de acusações e repetir os mantras da campanha. Precedido por José Maria Eymael (PSDC), Aécio Neves (PSDB) disse que ;o modelo atual fracassou;, e insistiu na estratégia de realçar o passado petista de Marina Silva. A candidata do PSB voltou a criticar a ;polarização; entre PT e PSDB, enquanto Dilma ressaltou as conquistas sociais dos governos petistas.
;Temos uma outra candidata, que aparece com muito boas intenções, mas que não consegue superar suas enormes contradições;, disse Aécio, referindo-se a Marina. ;Se hoje ela diz que se preocupa com o crescimento da inflação, mas há pouco tempo atrás estava no PT, quando o PT combatia o Plano Real. Diz que é a favor da responsabilidade fiscal, mas deu seu voto no Senado contra a LRF. Nós somos em grande parte o que fizemos ao longo de nossas vidas;, criticou o tucano.
;Eu tenho dito que quem vai ganhar essas eleições não são as estruturas dos partidos, da polarização entre PT e PSDB, que acabaram de aqui se digladiar;, disse Marina Silva sobre seus dois principais concorrentes. ;Quem vai ganhar as eleições é uma nova postura, principalmente do cidadão, que está disposto a fazer a mudança. E que identifica essa mudança no nosso programa, em uma nova governabilidade;, completou Marina.
;Quem vai ganhar essas eleições é quem mudou o Brasil;, retorquiu Dilma, usando a expressão utilizada pela adversária. ;É quem combateu a fome e a miséria nesse país. Quem reduziu a desigualdade social; e quem combateu essa crise e defendeu o país, não deixando que houvesse desemprego e redução de salários;, finalizou ela.