O juiz da 13a Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro, confirmou nesta segunda-feira (15) o depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa para a próxima quarta-feira, às 14h30, na CPI mista que investiga irregularidades na estatal. Na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) já tinha dito que não cabe ao Judiciário interferir nas convocações de suspeitos e testemunhas em comissões de inquérito. Paulo Roberto está preso na carceragem da PF, onde presta depoimentos em acordo de delação premiada, nos quais apontou uma série de políticos como destinos de propinas pagas com recursos da Petrobrás.
[SAIBAMAIS]Em despacho assinado hoje, Moro afirma que Paulo Roberto deverá ser escoltado pela Polícia Federal, se possível até dentro do Congresso Nacional. Mas o juiz afirmou que ;deve ser evitada a utilização de algemas na apresentação; do réu porque ele não é acusado de crimes violentos.
Moro destacou, ;de forma desnecessária e redundante;, que Paulo Roberto tem o direito de permanecer em silêncio e ser auxiliado por um advogado. O procurador geral da República, Rodrigo Janot, e investigadores ouvidos pelo Correio defendem que os depoimentos do ex-diretor da Petrobras não sejam repassados à CPI para não atrapalhar a apuração. A vinda dele à CPI também não agrada aos policiais e procuradores.