A três semanas do primeiro turno das eleições presidenciais, as campanhas dos três principais candidatos ao Palácio do Planalto quebram a cabeça nas contas para conquistar o maior colégio eleitoral do país: São Paulo. De olho nos quase 32 milhões de eleitores, marineiros, dilmistas e aecistas ajustam o discurso e mobilizam exércitos para tentar chegar à vitória regional. No QG petista, a conta é aritmética: fechar o primeiro turno com menos de 30% das intenções de voto dos paulistas é um desastre difícil de ser revertido. E, em um eventual segundo turno, esse percentual tem de subir, pelo menos, para 40%.
[SAIBAMAIS]Integrantes do comando de campanha petista afirmam que, no caso de São Paulo, cada ponto percentual nas pesquisas significa 200 mil votos. No mais recente levantamento Datafolha, divulgado na última terça-feira, Dilma Rousseff (PT) tinha 26% das intenções de voto. Marina Silva (PSB) aparece à frente, com 40%. Na ponta do lápis, isso quer dizer que a vantagem da socialista sobre a petista, no principal colégio eleitoral do país, é de 2,8 milhões de votos.
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Em 2010, quando foi eleita presidente, Dilma encerrou o primeiro turno, em São Paulo, com 37,31% dos votos válidos, sendo derrotada por José Serra (PSDB), que conseguiu 40,60%. Transportando esse resultado para agora, Dilma enfrenta uma candidata que tem praticamente o mesmo percentual de votos que Serra recebeu há quatro anos, mas a petista tem 11 pontos percentuais a menos do que em 2010, o que significa dizer que, para repetir o mesmo resultado de quando foi para o segundo turno, Dilma precisa ganhar 2,2 milhões de votos em 23 dias ; cerca de 96 mil votos diários.
A situação fica ainda mais complexa em um eventual segundo turno, possivelmente contra Marina Silva. Dilma perdeu para Serra na segunda rodada de votações de 2010 ; 54,05% a 45,95%. Entre o primeiro e o segundo turno, contudo, ela aumentou a votação em oito pontos percentuais ; 1,6 milhão de votos. Para equiparar o desempenho de 2010 aos números atuais, ela precisa ganhar mais 19 pontos percentuais, na prática, 3,8 milhões de votos, mais do que o dobro do que conseguiu há quatro anos.
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