A Petrobras informou, em nota divulgada no final da tarde desta segunda-feira (8/9), que requereu na Justiça acesso às informações prestadas por seu ex-diretor Paulo Roberto Costa à Polícia Federal (PF), em regime de delação premiada. Partes do depoimento de Costa à PF teriam vazado e sido publicadas na última edição da revista Veja, apontando nomes de diversos políticos como envolvidos em esquemas de corrupção dentro da estatal.
Em um trecho da nota, a Petrobras diz que tem interesse na conclusão de todas as investigações em curso e que continuará contribuindo para que isso ocorra de forma rápida e eficaz.
;Neste sentido, a Petrobras requereu ao juiz responsável pela Operação Lava Jato acesso às informações relativas à Petrobras que o Sr. Paulo Roberto Costa já forneceu no âmbito da delação premiada, bem como enviou cartas às empresas citadas nos veículos de comunicação, solicitando informações sobre a existência de seus contratos com empresas ligadas ao Sr. Alberto Youssef e sobre qualquer envolvimento com as atividades objeto desta investigação.;
No texto, a empresa diz que considera indevido comentar conteúdos não oficiais publicados nos meios de comunicação, bem como investigações em curso ou sobre declarações de pessoas ou empresas investigadas pela Polícia Federal ou por qualquer outro organismo de controle e lembra que vem fornecendo informações sobre seus empreendimentos a toda a sociedade em seu site. "Dessa forma, deixa transparente tudo que se relaciona com os assuntos em análise ou em investigação", enfatiza a nota.
[SAIBAMAIS]A empresa reforça que vem prestando todas as informações solicitadas pela Polícia Federal, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Ministério Público (MP) e ressalta que pediu ao juiz responsável pela Operação Lava Jato acesso às informações relativas à Petrobras dadas por Paulo Roberto Costa no âmbito da delação premiada. Informa ainda que enviou cartas às empresas citadas nos veículos de comunicação, solicitando informações sobre a existência de seus contratos com empresas ligadas a Alberto Youssef (doleiro preso na Operação Lava Jato) e que esses dados subsidiarão as comissões internas de apuração já instaladas na Petrobras.
A nota termina com a estatal dizendo que continua trabalhando normalmente em todas as suas unidades para atender a seus objetivos empresariais.