<img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2014/09/05/445663/20140905071223186035o.jpg" alt="Marina cumprimenta Dilma antes do debate na TV Bandeirantes, na semana passada: cordialidade em momento de rivalidade máxima" />Empatadas tecnicamente no primeiro turno das eleições presidenciais, Marina Silva (PSB) e Dilma Rousseff (PT) têm trajetórias de vidas distintas, embora militantes da esquerda brasileira, que se cruzam em 2002, ainda durante o governo de transição, quando a atual presidente é escolhida como ministra de Minas e Energia e a socialista, ainda petista à época, é indicada para o Meio Ambiente. De lá para cá, ocorreram vários embates econômicos, ambientais, ideológicos. Brigaram por espaço dentro do governo Lula e, pela segunda eleição consecutiva, disputam o voto do eleitorado brasileiro.<br /><br />As duas inimigas íntimas e conceituais apresentam trajetórias que se assemelham no conteúdo, mas jamais na forma. Marina é acriana, filha de seringueiros pobres. Alfabetizada aos 16 anos, formou-se em história 10 anos depois. Onze anos mais velha que a adversária ao Planalto, Dilma é mineira e foi presa durante a ditadura militar por integrar um grupo de combate à repressão. Era 1970 e Marina, com 12 anos de idade, trabalhava no seringal para ajudar no sustento familiar e lutava contra a malária e leshimaniose. Com essa idade, já tinha perdido a mãe e duas irmãs, todas por doenças relativas à falta de tratamento adequado às pessoas pobres.<br /><br />Dilma surgiu no PDT. Marina filiou-se ao PT em 1986, um ano depois de montar a Central Única dos Trabalhadores (CUT), ao lado do seu mentor, Chico Mendes. A atual presidente engrenou uma carreira de secretária de Estado, já militando politicamente no Rio Grande do Sul, enquanto Marina elegeu-se vereadora, deputada estadual e, em 1994, tornou-se a mais jovem a garantir uma cadeira no Senado, aos 36 anos.<br /><br />Em 2002, as duas se encontraram no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde havia sido montado o governo de transição PSDB-PT. ;Nós todos estávamos, de uma maneira ou outra, irmanados em um projeto, embora, em vários momentos, tenhamos apoiado candidaturas distintas. Quando Lula assumiu em 2003, nós éramos um governo;, resumiu o deputado Miro Teixeira (Pros-RJ), que foi companheiro de Esplanada de ambas entre 2003 e 2004, quando comandava a pasta das Comunicações.<br /><br />Miro reconhece que as duas presidenciáveis tinham posições divergentes em vários momentos. E que o presidente Lula adorava mediar esse tipo de conflito. ;Ele colocava, em uma mesa redonda, as pessoas que tinham opiniões distintas. Virava e pedia: ;diz aí;;. Para provocar ainda mais debate, Lula, às vezes, convidava pessoas que não entendiam nada do assunto para saber se eles tinham entendido as explicações, recorda o ex-ministro.<br /><br />Miro, que é aliado de Marina na corrida presidencial, acredita que, se as duas forem colocadas juntas em uma mesa de debates, terão mais convergências do que divergências. ;Desde que estiverem isoladas do contexto eleitoral. Neste momento, isso se torna impossível;, reconheceu.<br /><br /><strong>Tensão</strong><br /><br />Candidato a deputado federal pelo PDT brasiliense, André Lima, um dos auxiliares mais próximos de Marina ao longo do segundo mandato de Lula, lembra que, se não fosse o esforço da ex-ministra para impor alguns limites no debate, os desastres seriam enormes. ;A preocupação ambiental e ecológica de Dilma Rousseff é zero;, reclamou ele.<br /><br />O embate entre ambas, que era morno quando Dilma ocupava o Ministério de Minas e Energia, intensificou-se no momento em que ela assumiu a Casa Civil, no lugar de José Dirceu, abatido no escândalo do mensalão. E aumentou a decibéis ensurdecedores quando, no início do segundo mandato, o governo optou pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e intensificou a pressão pelas licenças ambientais para rodovias e hidrelétricas.<br /><br /><br />A matéria completa está disponível <a href="http://publica.correiobraziliense.com.br/app/noticia/#h2href:{%22titulo%22:%22Externo:%20http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2014/09/05/interna_politica,141482/adversarias-quase-intimas.shtml%22,%22link%22:%22http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2014/09/05/interna_politica,141482/adversarias-quase-intimas.shtml%22,%22pagina%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22,%22modulo%22:{%22schema%22:%22%22,%22id_pk%22:%22%22,%22icon%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22,%22id_treeapp%22:%22%22,%22titulo%22:%22%22,%22id_site_origem%22:%22%22,%22id_tree_origem%22:%22%22},%22rss%22:{%22schema%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22},%22opcoes%22:{%22abrir%22:%22_self%22,%22largura%22:%22%22,%22altura%22:%22%22,%22center%22:%22%22,%22scroll%22:%22%22,%22origem%22:%22%22}}"><font color="#FF0000"><strong>aqui</strong></font></a>, para assinantes. 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