Depois do recuo no programa LGBT da candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, a presidente Dilma Rousseff (PT) declarou que a criminalização da homofobia não tem relação com religião. Candidata à reeleição, Dilma participou nesta terça-feira (2/9) de uma caminhada com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e integrantes do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo (SP). A presidente também criticou as propostas de Marina na área econômica.
"Fiquei muito preocupada com o programa da candidata Marina, porque ela reduz a pó a política industrial", disse a presidente antes de participar da caminhada. Dilma disse também que adversária é contra a política de conteúdo local "tanto para a indústria automobilística como para a indústria do petróleo".
[SAIBAMAIS]
Quando questionada sobre a demora para votação do PL 122, que criminaliza a homofobia, Dilma defendeu o projeto. ;Não tem nada a ver com questão religiosa, com o Estado brasileiro estar interferindo onde não pode. É reprimir, criminalizar qualquer ato que signifique ferir uma pessoa baseado em critérios não civilizados;, disse a presidente. Ela também afirmou que o projeto segue em ritmo normal e negou que o Executivo tenha pedido adiamento da votação. De acordo com ela, seu governo está "comprometido com o combate desse tipo de violência".
O ex-presidente Lula fez um discurso curto, de pouco mais de 10 minutos. Ele pediu votos aos eleitores que o escolheram. ;O setor da grana preta não quer que o PT continue governando o país. Se quisermos que o país continue andando de cabeça erguida, e não subordinado ao sistema financeiro, não temos outra escolha a não ser votar na Dilma;, afirmou. Ele também lembrou as lutas dos sindicalistas no ABC e cobrou engajamento dos militantes para convencer os eleitores que ainda estão indecisos.