O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz pediu vista do processo que pedia a indisponibilidade de bens da presidente da Petrobras, Graça Foster, e do ex-diretor da área internacional Jorge Luiz Zelada pelas irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Antes do pedido que paralisou o julgamento, entretanto, os ministros já haviam decidido por cinco votos a dois pela rejeição do bloqueio de bens da chefe da estatal. A previsão é que o caso volte à pauta em duas semanas.
[SAIBAMAIS]
O ministro Cedraz sinalizou que vai seguir o voto do relator José Jorge. No entendimento de Jorge, a presidente é responsável por ter determinado a compra da segunda metade da refinaria pela Petrobras somente ao final de todas as disputas judiciais com o sócio no negócio, a Astra Oil. A decisão levou a estatal a gastar R$ 90 milhões a mais ao ter ignorado o resultado do acordo arbitral. A Corte entende que a aquisição da refinaria causou prejuízo de R$ 792,3 milhões à estatal. Somente o ministro Augusto Sherman seguiu o voto do relator.
Para o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, os votos favoráveis à liberação dos patrimônios da presidente e do ex-diretor ;fez justiça; à administração da Petrobras. A inclusão do caso na pauta de votações levou o advogado-geral a voltar a percorrer, pela terceira vez, alguns gabinetes de ministros esta semana. ;Os ministros entenderam que o ato de gestão foi um ato correto. O Tribunal fez justiça para a Petrobras, que tem procurado agir sempre com cautela;, enalteceu após a sessão. Apesar da tendência favorável, o julgamento ainda não foi encerrado e os ministros podem alterar os votos.