A morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB), na semana passada, tem provocado diversas cisões no PSB. Depois do PSL, que deixou a Coligação Unidos Pelo Brasil; do secretário geral do PSB, Carlos Siqueira, que abandonou a antiga função de coordenador da campanha; e do ex-prefeito do Recife Milton Coelho, que deixou a coordenação de mobilização e articulação da campanha; é a vez do Democratas de Pernambuco deixar de lado a aliança que existia até a semana passada. Nesta quinta-feira (21) , o partido informou que a legenda estadual vai seguir o mesmo posicionamento nacional da sigla, que é de apoio ao candidato Aécio Neves (PSDB).
De acordo com o deputado Mendonça Filho, líder do DEM na Câmara dos Deputados, o apoio à candidatura de Campos ocorreu pelo fato de ele representar Pernambuco. ;Como pernambucano, Eduardo era uma alternativa dentro dessa frente para se opor ao PT, e nós tínhamos deixado os filiados à vontade para marchar com Aécio ou Eduardo.;
Com a morte do ex-governador, o deputado afirma que o cenário mudou. ;O PSB escolheu a Marina como candidata. Nesse caso, a pernambucanidade, que era o nosso eixo, desapareceu. Afinal de contas, ela não é pernambucana;, disse. ;À medida em que a pernambucanidade deixou de existir, infelizmente de uma maneira trágica, o partido tem que se reposicionar, e é coerente que nós retomemos nossa aliança histórica com o PSDB;, acrescentou.
Eleições estaduais
Apesar da mudança de posicionamento com relação à corrida presidencial, o deputado Mendonça Filho garantiu que o apoio à chapa do PSB em Pernambuco, que tenta eleger Paulo Câmara (PSB) ao governo do estado e Raul Henry (PMDB) como vice, além de Fernando Bezerra Coelho ao Senado continua mantida.